segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Asdrubal Trouxe o Trombone


O trabalho do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone define-se pela desconstrução da dramaturgia, a interpretação despojada e a criação coletiva. Vários grupos no Rio de Janeiro até o início dos anos 1980 são seus seguidores, entre eles, a Companhia Tragicômica Jaz-o-Coração, Banduendes Por Acaso Estrelados, Beijo na Boca, Diz-Ritmia.

Já na estréia, em 1974, o Asdrúbal chama a atenção do público e da crítica com o espetáculo O Inspetor Geral, de Nikolai Gogol. Segundo o crítico Yan Michalski, "quem assistiu ao lançamento sentiu que a demolidora irreverência do grupo continha a semente de um novo teatro, criado pelo prisma da visão de mundo da geração que então estava ingressando na idade adulta. A prodigiosa energia vital do conjunto [...] se revelaria mais tarde o denominador comum de uma nova proposta teatral, que ocuparia um dos primeiros planos na atividade cênica do país".1

A intencional gratuidade do nome apresenta a proposta dos integrantes: o Asdrúbal Trouxe o Trombone surge em contraponto à ideologia que marca os conjuntos teatrais desde a década de 1960. Na primeira fase de trabalho, o grupo parte ainda de textos clássicos. Depois de O Inspetor Geral, encena Ubu Rei, de Alfred Jarry, 1975. Mais do que a montagem do texto, interessa aos artistas expressar a realidade pessoal e coletiva, servindo-se da obra apenas como estímulo. Na encenação de Ubu Rei, os atores, vestidos de palhaços, com figurinos coloridos e maquiagem desenhada, adotam a linguagem circense. A releitura dos clássicos revela-se um caminho para criação coletiva de Trate-me Leão, em 1977, que entra para a história do teatro como fenômeno estético, influenciando uma geração de jovens atores. Ainda segundo Michalski: "O grupo afasta-se aqui da linha de irreverente demolição/construção em cima de textos clássicos, enveredando por um não menos irreverente caminho da criação coletiva, para falar de si mesmo, ou de gente muito parecida com os asdrubalinos: a 'grilada' e alegre juventude Zona Sul, cuja linguagem, rituais, problemas e preocupações o brilhante espetáculo de Hamilton Vaz Pereira colocava em cena com uma desavergonhada verdade".2 Os espetáculos seguintes, Aquela Coisa Toda, 1980, e A Farra da Terra, 1983, oferecem aos espectadores uma estrutura aberta, flagrante de um processo, em que os atores mostram os mecanismos da ilusão teatral.

O grupo cria sua linguagem pela prática desenvolvida no processo de improvisações e jogos coletivos. O ator é o eixo da criação e a função do diretor consiste em selecionar, sequenciar, costurar os fragmentos produzidos por ele. Trabalhando com a noção de jogo e suprimindo a de interpretação, o artista entra em cena para contracenar com seu parceiro e cria a partir do seu próprio imaginário. Para isso, o grupo usa poucos objetos cênicos e, no palco nu, valoriza os recursos físicos e criativos do intérprete. Mas não se exige nenhum tipo de virtuosismo, pelo contrário: o ator não deve cantar, mas cantarolar, deve ser antes de tudo uma pessoa que experimenta e não um especialista. Cada integrante está ali pelo que é - critérios de bom ou mau ator não entram em questão, o que mais uma vez evidencia a valorização do aspecto afetivo em detrimento do técnico. Entre os seus integrantes destacam-se Regina Casé, Luiz Fernando Guimarães, Patrícia Travassos, Evandro Mesquita, Perfeito Fortuna, Nina de Pádua e Gilda Guilhon.


Fonte: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=cias_biografia&cd_verbete=486

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Grupo de Teatro Mambembe

Histórico

O Teatro Mambembe é um grupo que busca uma interpretação brasileira, a partir das idéias do escritor e diretor Carlos Alberto Soffredini, líder do grupo, voltada para uma investigação junto as raízes da comédia de costumes e do circo-teatro. Os integrantes são agrupados através do Projeto Mambembe, do Serviço Social do Comércio, Sesc, visando uma teatralização da cultura popular brasileira em um palco armado em praças públicas da capital e de cidades do interior. Dirigido por Carlos Alberto Soffredini, o grupo reúne atores que vêm de experiências com amadores de Santos, alguns formandos da Escola de Arte Dramática da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, EAD/ECA/USP, como Flávio Dias, Suzana Lakatos, Wanderley Martins, Rubens Brito e Douglas Salgado, além de Ednaldo Freire e Calixto de Inhamuns, que fazem teatro amador em São Bernardo do Campo. Os artistas plásticos Irineu Chamiso Júnior e Eurico Sampaio, que já participavam da pesquisa de Soffredini em projetos anteriores, ligam-se à área de cenografia do projeto. A primeira montagem do grupo, A Vida do Grande Dom Quixote de La Mancha e do Gordo Sancho Pança, financiada pelo Sesc, estréia em 1976 e fica por mais de um ano em cartaz. Todo o espetáculo é desenvolvido a partir de pesquisa de campo sobre o circo-teatro, que envolve os integrantes do grupo durante oito meses de criação, durante os quais assistem aos espetáculos circenses, dedicando especial atenção aos shows de variedades e às apresentações de circo-teatro. Com o término do apoio do Sesc, em 1977, as pessoas que se identificam com essa forma de trabalho criam o Grupo de Teatro Mambembe. Montam no mesmo ano A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente, e O Diletante, de Martins Pena, com adaptação do português arcaico para o corrente, e com a incorporação da linguagem do circo-teatro das revistas musicais brasileiras da virada do século XIX para o XX. Apresentam-se em bairros da periferia, sempre testando a eficiência da linguagem, já que os textos em questão têm origem e destinam-se a um teatro popular. No final desse ano, vários integrantes se desligam do grupo, inclusive Soffredini. O Mambembe prossegue com Calixto de Inhamuns, Rosi Campos e Maria do Carmo Soares, já com outra orientação. A partir de 1978 o grupo resolve se inserir em um esquema mais institucionalizado, apresentando-se no circuito comercial para conseguir manter a empresa. Em 1979, o grupo monta mais um Soffredini, Vem Buscar-me que Ainda Sou Teu, com direção de Iacov Hillel. Alcança ótimos resultados ao aliar o melodrama à comédia, retratando a vida de uma trupe de circo que tem como empresária uma mulher que se nega a modernizar os espetáculos, mantendo-se fiel à tradição. Em 1980, encenam Foi Bom, Meu Bem?, que trata do tema do amor e do sexo através das distorções do aprendizado para um relacionamento. Esse texto de estréia de Luís Alberto de Abreu obtém grande êxito e o autor é novamente convidado a escrever o projeto seguinte, Cala a Boca Já Morreu, de 1981. Nova encenação de texto de Soffredini, Minha Nossa, inaugura o Mambembe Espaço Cultural, na Rua do Paraíso, em 1984. Apesar de não apresentar características marcantes da década de 70, como a criação coletiva dos espetáculos e dos textos, o Mambembe está em sintonia com seu tempo na busca de um teatro popular, que procura integrar estilos tradicionais do país a experimentações formais através de um teatro de pesquisa.


Espetaculos

1976 - São Paulo SP - A Vida do Grande Dom Quixote de La Mancha e do Gordo Sancho Pança
1977 - São Paulo SP - A Farsa de Inês Pereira
1977 - São Paulo SP - O Diletante
1978 - São Paulo SP - A Farsa de Inês Pereira
1978 - São Paulo SP - A Noite dos Assassinos
1979 - São Paulo SP - Vem Buscar-me que Ainda Sou Teu
1980 - São Paulo SP - Foi Bom, Meu Bem?
1981 - São Paulo SP - Cala Boca já Morreu
1982 - São Paulo SP - Besame Mucho
1984 - São Paulo SP - Minha Nossa!
1985 - São Paulo SP - Inimigos de Classe


Fonte ~~> http://www.itaucultural.org.br

terça-feira, 30 de junho de 2009

Festivais de música

Hoje, realizam-se muitos festivais de música em todo o Brasil e no mundo, como o Festival SESI Música – Edição Paraná é destinado a todos os gêneros e estilos da música brasileira e tem como objetivo promover a cultura entre trabalhadores das indústrias valorizando, fomentando e difundindo a produção musical do País, as categorias contempladas são: Composição, interpretação (Música popular brasileira e música sertaneja) e novos talentos.
Festival de Música e Ecologia da Ilha Grande, O Festival de Música e Ecologia da Ilha Grande é um grande encontro musical e cultural realizado na Vila do Abraão, todos os anos, no mês de junho. No ano passado foram duas etapas. Artistas de renome da nossa MPB e musicos de várias partes do país participam deste que é o maior evento do calendário oficial na Ilha Grande. O Festival de Música e Ecologia é uma excelente oportunidade para conhecer as belezas naturais da Ilha Grande, apreciar composições inéditas de alto nível com interpretes de todo o Brasil e se divertir ao som de grandes artistas da nossa música popular brasileira, além de apresentar novos músicos e composições inéditas o Festival de Música e Ecologia da Ilha Grande, é uma rara oportunidade do público assistir a shows de artistas consagrados, inteiramente grátis.
Existe o Festival de Verão, Maior encontro anual de música do Brasil, este ano o tema foi Movido pela mistura com espaços inéditos, a proposta foi transformar o Parque de Exposições de Salvador num caldeirão de alegria, coberto pelas cores fortes do verão.
O Festival de Música Moderna Corroios 2009 continua a afirmar-se como um dos eventos cimeiros de divulgação dos novos projectos musicais que se fazem no nosso país, catorze anos após a sua primeira edição (1996), pelos palcos do festival já passaram bandas que hoje ocupam um lugar de destaque no panorama da música nacional. The Poppers, Dapunksportif, Skalibans e Factos Reais. A final da XIV edição do Festival de Música Moderna de Corroios foi sem margem para dúvidas a mais concorrida. O motivo seria, não só as três bandas que conseguiram convencer o júri de que mereciam chegar à final, mas os cabeças de cartaz, Linda Martini, a banda de “Amor Combate” reedita este ano, a convite da Rastilho, do CD de estreia “Olhos de Mongol”, o público colado às grades em frente ao palco aguardava por eles manifestando entusiasmo a cada instante, cantarolaram as músicas de uma ponta à outra, inclusive as que constam no EP de estreia que virá integrado nesta reedição; a terminar, sem direito a encore, o clássico “Adeus Tristeza” de Fernando Tordo.
A XVII Edição do Festival Internacional de Música da Praia da Gamboa, um dos mais importantes realizados em Cabo Verde, terminou com um público superior a 40 mil pessoas, e com balanço positivo.
Bem, aqui foram citados alguns festivais que aconteceram este ano, mas
um festival de música é um festival cuja principal atração é a música, organizado na maioria das vezes em torno de um gênero, nacionalidade ou localidade dos músicos, são comumente feitos em locais públicos, em conjunto com outras atrações como artistas performáticos, atividades sociais e o comércio de gêneros alimentícios e outros produtos, muitos festivais são anuais, ou se repetem de acordo com um intervalo específico; alguns, como os festivais de rock, acontecem apenas uma vez, outros, são organizados como concertos beneficentes, em prol de causas humanitárias.

Festivais de música

O Tim miusic store e um dos maiores eventos da premiação musical do mundo, premiando artistas de muita fama e também quem esta apenas começando na carreira musical. Premia também artistas internacionais como o black eyed peas, artistas nacionais como a Pittiy. Esse e um dos maiores eventos de premiação da musica brasileira.Temos também o Oscar que alem de premiar estrelas e astros da telinha, também premia musicas de vários artistas. O Oscar e um dos prêmios mais conceituados na carreira artística.Temos também um premio da boa e velha MTV que premia artistas conceituados da musica mundial, esses prêmios são os mais importantes da premiação musical que todos conhecem.

A musica em minha cidade

Em minha cidade tem um grupo de Pagode, o qual é conhecido na região onde moramos.O seu nome é Questão de Opinião.Ele foi formado a uns 6 anos atrás por 7 amigos afim de se divertir e num é que eles gostaram e acabaram levando essa brincadeira adiante e fazendo sucesso por onde eles passaram.Eles estão em seu 3 álbum, mas não sei quantos foram vendidos até hoje.Em minha cidade há também a Orquestra do Projeto Guri, onde todos de 8 a 18 anos podem ir lá e aprenderem a tocar instrumentos gratuitamente.Eu fui aprendiz durante 1 ano no Projeto Guri onde eu adquiri uma formação em Trombone de Vara e garanto que nesse um ano de Projeto eu adquiri conhecimento não só em em instrumento mas também em disciplina entre outros conhecimentos.

terça-feira, 28 de abril de 2009

O coro



 

Termo que provém do grego chorós, que, na Grécia antiga, designava um grupo de dançarinos e cantores usando máscaras que participavam ativamente nas festividades religiosas e nas representações teatrais. Na tragédia clássica, o coro é uma personagem coletiva que tem a missão de cantar partes significativas do drama. Na origem, representa a polis, a cidade-estado, ampliando a ação para além do conflito individual. De início, o texto do coro constituía a parte principal do drama, ao qual se interpolavam monólogos e diálogos. É possível encontrar coros também nas odes pindáricas, exatamente com a mesma função. Com o desenvolvimento da tragédia, o coro fixou-se como uma parte secundária do texto dramática, geralmente reservada ao comentário público. Em conseqüência, o coro torna-se depois uma parte perfeitamente supletiva que apenas serve para fazer uma pausa entre os atos. Com o desenvolvimento do drama, o coro perde a sua configuração e importância original, abandonando a representação de uma personagem coletiva. A parte coral pode então ser executada por um só cantor, como acontece, por exemplo, já no drama isabelino. Pelo seu caráter repetitivo, o coro aproxima-se da função do refrão. No teatro moderno, fala-se por vezes em personagem de coro (choral character) para designar aquele ator que comenta regularmente a história representada. A função original do coro da tragédia grega não se perde nesta concepção: ele funciona sempre como um espectador ideal que se

responsabiliza pelo equilíbrio das emoções e pela moderação dos discursos.

 

Importância:

 

·          O coro tinha várias funções no drama grego: é uma personagem da peça; fornece conselhos, exprime opiniões, coloca questões, e por vezes toma parte ativa na ação. Ao coro competia também criticar valores de ordem social e moral e, por outro lado, tinha ainda o papel de espectador ideal ou voz da opinião pública, reagindo aos acontecimentos e ao comportamento das personagens como o dramaturgo julgava que a audiência reagiria se estivesse no seu lugar. Acresce ainda a função de elemento impulsionador da emoção dramática, conferindo movimento ao que está a ser representado e promovendo quebras de ação por forma a levar o público a refletir sobre o que se está a passar.

 

·       Geralmente representa o povo. A sua vontade, opinião ou censura.

 

·       O coro era composto pelos narradores da história que, através de representação, canções e danças, relatavam as façanhas do personagem. Era o intermediário entre o ator e a platéia, e trazia os pensamentos e sentimentos à tona, além de pronunciar também a conclusão da peça. Também podia haver o corifeu, que era um representante do coro que se comunicava com a platéia.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um olhar sobre a História e o fazer teatral


Tido que os gregos faziam os romanos modificavam em detalhes.Essência do Teatro compreende em ator ,texto e o publico.
Texto:Um gesto,uma imagem, tudo pode se definir em texto,para ficar na cabeça a experiencia estética,por suas características isso é o necessário para um bom texto.O teatro iniciou na Grécia antiga,os homens entravam com o pênis de fora desse modo o deus deles ajudariam na colheita de uvas,o fingimento caracterizado até hoje na base do trabalho do ator ou seja de atuar.
Os teatros eram auditórios ao ar livre. A hora do início do espetáculo era o amanhecer. Muitas vezes os cidadãos assistiam a 3 tragédias, uma tragicomédia e uma comédia. O teatro era considerado parte da educaçõa de um grego. Em Atenas, o comércio era suspenso durante os festivais dramáticos. Os tribunais fechavam e os presos eram soltos da cadeia. O preço da entrada era dispensado para quem não pudesse pagar, e até as mulheres, que não podiam participar de quase todos os acontecimentos públicos, eram bem recebidas no teatro.